31 de maio de 2010

*Cidade pólo, Alta Floresta recepciona Nilson Leitão

Nilson Leitão acompanhou a caravana do PSDB em visita, neste domingo, 30, à cidade de Alta Floresta, que fica a 812 km de Cuiabá. Junto com a comitiva visitou autoridades e lideranças políticas, assim como comerciantes e populares. Durante a tarde estiveram presente na 24ª Expoalta (Exposição Agropecuária de Alta Floresta). Já nesta segunda feira, 31, ele, continua suas visitas em Alta Floresta em busca de capturar demandas locais e regionais vindo a incluir nas bandeiras de seu projeto.

Nesta terça-feira, 01 de junho, Leitão segue agenda em audiência à vereadores e presidente de entidades de classe como a CDL de Alta Floresta.

Nilson Leitão, que é pré-candidato a deputado Federal, estará, também, visitando 4 cidades do eixo do extremo Norte de Mato Grosso: Apiacás, Nova Monte Verde, Nova Bandeirante e Carlinda, retornando para Sinop na próxima quarta-feira, 02.

Estes encontros servem para capturar sugestões, anseios e reclamações dos moradores, tendo, assim, um verdadeiro raio-x de setores públicos como saúde, educação, agricultura familiar, incentivo fiscal e logística.

Da assessoria

24 de maio de 2010

*Classe Jovem PSDBista se mobiliza em prol da juventude sinopense


Os jovens tucanos de Sinop marcaram presença, no último dia 22, no Circuito Universitário, festa promovida pelos acadêmicos de veterinária da UFMT. O evento conta com três dias de festa, e no sábado aconteceu no Rancho Velho Oeste, com entrada franca.
A juventude tucana foi até o local com o propósito de levar um simples questionário para os demais jovens presentes no Circuito.
Quem respondeu as perguntas, pôde expor sua opinião e mostrar o que espera que melhore na educação sinopense e quais projetos deveriam ser implantados na cidade para que a juventude seja mais beneficiada.
As respostas ajudarão os jovens do PSDB a entender e conhecer mais de perto o que a juventude de Sinop precisa e, dessa forma, irem à busca do melhor para todos.



Por Thary Durigon

21 de maio de 2010

*Leitão visita 04 cidades do Nortão


A majoritaria do PSDB iniciou, hoje, sexta-feira, 21, as visitas da região Norte do Estado pelo Distrito União Norte, na cidade de Peixoto de Azevedo, onde mais de 200 pessoas esperavam para a reunião com a comitiva.
A reunião foi de grande importância para a sociedade e os líderes políticos que estiveram no encontro, pois ajudou a fortalecer o plano de governo dos pré-candidatos para esta eleição. Durante o encontro, o pré-candidato a deputado Federal, Nilson Leitão, criticou duramente algumas ações de ilicitude e superfaturamento praticados por alguns Poderes Públicos. Ele justificou, alegando que a diferença desses valores não está com o povo. Falou, ainda, sobre o voto consciente, lembrando, à todos, que o político que faz compra de voto não tem compromisso com a população, "Quem compra voto rouba agora e vai roubar sempre." disse.
Já em Novo Mundo, segunda cidade em que a comitiva esteve hoje, reuniu-se na Câmara Municipal e foram recebidos pelos vereadores da Casa, moradores da Gleba Divisa e Assentamento Cinco Mil. Um público que demonstrou muita felicidade e satisfação com os projetos apresentados pela majoritária, que falou sobre a regularização fundiária, alegando que dará mais oportunidades aos assentados. Outros pontos abordados foram projetos de saúde, educação e infraestrutura. Durante sua fala, o pré-candidato ao Governo do Estado, Wilson Santos, lembrou sobre a competência do pré-candidato a deputado Federal, Nilson Leitão. "Nilson foi um dos melhores prefeitos que Sinop já teve". De Novo Mundo, a comitiva seguiu viagem para a cidade de Matupá, onde debateram sobre a importância da melhoria e estruturamento da BR-163 e da MT-80. Já o anfitrião, prefeito Leandro Zafanoto (DEM), além de dar seu total apoio à comitiva tucana e seus pré-camdidatos, debateu sobre a saúde e a educação de seu município."Sinto-me muito honrado com esta visita! Estamos de braços abertos para recebê-los sempre", pontuou Zafanoto dando espaço aos vereadores presentes que chancelaram sua fala pedindo apoio dos pré-candidatos para o crescimento e desenvolvimento da região.
Embora Matupá seja a "casa" de Silval Barbosa, o vice-presidente do PSDB Estadual e pré-candidato a deputado federal, Nilson Leitão, ressaltou que é importante mostrar à população todas as alternativas de voto para que a possam fazer a sua escolha da melhor maneira, optando pela proposta de governo que for mais oportuna ao seu município.

Fonte: Nortão Notícias

*Sobre o Mobiliza...

Vivemos um novo momento marcado pela utilização da Internet, meio que pode e deve ser aproveitado para mobilizar a sociedade, engajar pessoas e se fazer política.
O PSDB acredita nisso e por isso criou o Mobiliza, um espaço para divulgar os melhores usos e práticas da Internet na política; nossa ideia é incentivar a mobilização da população em torno de um interesse em comum: O Futuro do Brasil.
Saiba no que acreditamos:
  • Diálogo e não monólogo
Na Internet, as conversas devem acontecer com pouca ou nenhuma censura e a presença do PSDB na rede vem para facilitar e incentivar essa discussão. Comentários, positivos ou negativos, em blogs ou sites não devem ser controlados, pois acreditamos que toda manifestação é bem-vinda.
Apenas comentários pejorativos sofrerão moderação.
  • Distribua a informação
As ações do PSDB na Internet devem ser altamente distribuídas. A idéia é formar dezenas de milhares de vozes e assim levar mais informações, com mais riqueza para mais e mais pessoas.
A comunicação e atuação do PSDB deve acontecer em diversas direções, para muita gente ao mesmo tempo. Quanto mais mobilizações mais pessoas serão atingidas pela informação.
  • Comunidades compartilham interesses comuns, não idade, cor, localização geográfica, etc.
Na Internet as pessoas se encontram em volta de interesses em comum. No nosso caso, o interesse comum é “O Futuro do Brasil” – atual foco das ações do PSDB. E então, não vale a pena se mobilizar por isso?
  • Os protagonistas são pessoas
Os protagonistas da Internet são as pessoas e para o PSDB gerar confiança entre a população, é preciso que as próprias pessoas falem bem do partido umas para as outras. O PSDB falando sozinho com a população não tem a mesma força de milhares de pessoas se mobilizando a favor de um interesse em comum.
  • Honestidade e transparência são os principais valores
Na internet não existe espaço para controlar pessoas ou empurrar textos e opiniões. Assim como você, todos querem ler, assistir e ouvir políticos que têm uma atitude sincera e transparente. Por isso é importante que o PSDB atue na Internet respeitando as escolhas de cada um, deixando que as pessoas escolham e criem seus próprios textos, blogs, vídeos… e deixando que compartilhem esse conteúdo com quem quiserem, ao invés de serem forçadas a isso.
  • Ouça o que as pessoas estão dizendo sobre você, seu projeto e sua equipe
É dever do PSDB e de todos os seus políticos estar atento e abrir os olhos e ouvidos para o que a sociedade espera do partido. Essa é uma oportunidade única do PSDB se tornar um Partido ainda mais inteligente.
Fonte: Mobiliza

*Agenda: Nortão! Comitiva Tucana faz visita a sete municipios da região

Os pré-candidatos tucanos ao governo do Estado, Wilson Santos, a deputado federal, Nilson Leitão, e ao Senado, Antero Paes de Barros, vão visitar sete municípios da região Norte entre sexta-feira (21) e sábado (22). Eles se reunirão com lideranças populares e políticas dos municípios discutindo projetos e anseios de cada localidade.

A comitiva tucana vai começar o roteiro pelas cidades de Novo Mundo e depois passando por Matupá. Na noite de sexta-feira, eles viajam para Guarantã do Norte e se reúnem com líderes políticos do município. No sábado, Santos, Antero e Leitão seguem para Peixoto de Azevedo e se encontrarão com lideranças locais. De lá, eles seguem viagem passando pelas cidades de Itaúba, Santa Helena e Terra Nova do Norte.


Fonte: Só Notícias/Alex Fama

*Agenda: PSDB Mulher debaterá participação Feminina na Política

A militantes femininas do PSDB de Sinop se reuniram, durante o dia de hoje, para acertar mobilização e fechamento de pauta de uma campanha que acontecerá no próximo dia 26. Denominado "A Mulher Realizada", o evento será voltado especificamente para o público feminino e seu objetivo é ampliar o interesse e o envolvimento da mulher no processo decisivo da política.

A reunião de preparação ocorrida hoje foi idealizada e conduzida pelas militantes tucanas Renata Leitão (esposa do presidente do PSDB Sinop e pré-candidato a deputado federal, Nilson Leitão) e Sinéia Abreu (ex-vereadora e ex-presidente do PSDB Mulher de Sinop). De acordo com informações da assessoria de imprensa, o encontro também contou com líderes mulheres de diversos segmentos do município.

Fonte: Só Notícias/Alex Fama

17 de maio de 2010

Agenda: Juventude Tucana se reúne com Líder da Pastoral

Na tarde do dia 10 (maio) a Juventude Tucana (JPSDB) de Sinop se reuniu com a Líder da Pastoral da Criança, "Dona Anja", na comunidade Jardim do Ouro, localizado às margens da BR 163.

Os Jovens Tucanos ouviram as sugestões sobre os anseios e as principais carências da comunidade e, além disso, firmou parceria com a Líder da Pastoral, visando elaborar planos de melhoria para os moradores da região.


Por Patrik Sinson e Thary Durigon

15 de maio de 2010

Agenda: Leitão e Santos visitam municípios do norte

Leitao e Santos visitam municípios do norte.

O Pré-candidato a Deputado Federal, Nilson Leitão, e o  pré candidato ao Governo do Estado, Wilson Santos, visitam neste domingo, 16, os municípios de Nova Guarita e Nova Canaã do Norte,que comemora 24 anos.
Os pré-candidatos serão recebidos por lideranças políticas. As visitas têm o objetivo de ouvir a população  e os seus representantes sobre as suas necessidades.
Após a visita na cidade de Nova Guarita, eles seguem em comitiva para Nova Canaã do Norte, a convite do prefeito Antônio Luiz César de Castro (DEM), onde participam da 13º Festa do Costelão.
Na segunda feira, Nilson Leitão, dá início à mais uma semana de trabalhos visitando Nova Mutum e em seguida vai para Cuiabá onde ficará até a quinta feira.

*Web à Serviço das Eleições 2010


O ano de 2010 no qual estamos será marcado por mais uma corrida eleitoral aos cargos de Deputado Estadual e Federal, Governador, Senador e Presidente da República. No início do segundo semestre já começaremos a ser invadidos pela chuva de propaganda eleitoral que vivenciamos a muitos e muitos anos.
Com base no sucesso da campanha eleitoral 2.0 do presidente eleito nos Estados Unidos, Barack Obama, creio que muitos candidatos aqui no Brasil estão ou provavelmente estarão de olho nas campanhas eleitorais online. As redes sociais sendo o meio na internet mais utilizado em nosso país atrai bastante quando se deseja atingir um grande número de pessoas, que no caso das eleições são os eleitores. Não só as redes sociais como também os blogs e até mesmo páginas pessoais de campanha entram neste jogo com a proposta de auxiliar na divulgação de sua candidatura. Na última eleição presidencial ocorrida em 2006, já nos deparamos com páginas na internet de candidatos em que estas continham informações de sua campanha entre outros dados de interesse. Também encontramos casos isolados em que alguns candidatos utilizaram de forma abusiva os recursos da internet em favor da sua campanha, prática esta classificada como antiética. Como a campanha eleitoral online foi aprovada pelo Senado em outubro de 2009, os candidatos têm agora o direito de fazer uso das ferramentas online e ao mesmo tempo o dever de manter sua utilização sensata sem causar danos aos demais usuários que não são obrigados à ver, ler e ouvir o que não querem. Um outro fator também importante é que, não basta ter um perfil no Twitter onde são trocados tweets com os eleitores, um blog que está sempre atualizado se após o dia das eleições esta rotina se encerra e a vida online do candidato também. Passada a eleição, deve ser feito um trabalho contínuo mesmo o candidato sendo eleito ou não. Sem esse prosseguimento pós-eleição fica uma má impressão junto ao eleitor que enxergará esta falha como um jogo de interesses políticos acarretando na imagem negativa deste candidato. Exemplo disto é a própria página da candidatura de Obama em que mesmo após as eleições o site continuou a receber atualizações e com isto os eleitores puderam continuar a acompanhá-lo. Ao meu ver isto tem um nome: respeito com o eleitor.

14 de maio de 2010

*Agenda: Nilson Leitão se reúne com lideranças em 5 municípios

O Presidente do PSDB de Sinop e pré-candidato a Deputado Federal, Nilson Leitão (PSDB) este reunido, ontem, com vereadores e demais lideranças em Diamantino, debatendo o processo eleitoral e conhecendo as principais carências do município. O ex-prefeito também esteve, esta semana, em Ipiranga do Norte, onde, a convite da câmara municipal, falou sobre a necessidade de representantes da região Norte na Câmara Federal, Assembleia Legislativa e defendeu que o governo fortaleça as ações nos municípios mais distantes da capital.

Foto: Biro Curado
Fonte: Só Notícias

*Agenda: Ipiranga do Norte recebe Nilson Leitão

O Pré-candidato a Deputado Federal, Nilson Leitão (PSDB), esteve, na ultima segunda-feira, 10, em Ipiranga do Norte (600 km de Cuiabá). À convite da Câmara Municipal, ele se reuniu com lideranças políticas e vereadores. Na ocasião, Nilson falou sobre a necessidade de representantes da Região Norte na Câmara Federal, Estadual e da prioridade de um governo que interiorize (fortaleça) as ações nos municípios mais distantes da capital.
“São, no mínimo, quatro anos que Ipiranga do Norte e tantas outras cidades da região estão sem voz ativa e atuante no cenário político de Mato Grosso. Temos, neste momento, a oportunidade de eleger pessoas que nos representem” disse Leitão.
Leitão foi sabatinado pelas lideranças locais, respondendo à várias perguntas e ouvindo sugestões sobre os anseios da comunidade. Problemas como a necessidade de novas empresas, incentivo fiscal e a falta de um governo constante e atuante foram elencados.
Autoridades do município confirmaram que um Deputado Federal é quem tem o poder de trazer emendas e recursos para obras na cidade. Além disso, o Deputado Federal é quem defende e cria mecanismos legislativos para o desenvolvimento das regiões afirmou um líder comunitário. Durante o dia o tucano também visitou os comerciantes e autoridades da cidade, onde deixou claro que vai trabalhar pelas questões fundiárias.
Seguindo sua agenda de compromissos Nilson Leitão visitou as cidades de Santa Helena, Colíder, Nova Canaã do Norte e ontem, quinta feira, 13, esteve em Diamantino reunido com os lideranças Políticas locais.

Fotos: Biro Curado
Fonte: Assessoria de Imprensa

12 de maio de 2010

Nascido para mudar o Brasil - A história do PSDB

O Partido da Social Democracia Brasileira, PSDB, foi fundado em 25 de junho de 1988. É, portanto, o mais jovem dos grandes partidos brasileiros. Mas é, também, o partido que mais cresce no Brasil. Mais que isso, não há na História brasileira registro de partido político que tenha crescido tão rapidamente, tanto em termos de organização como em resultados eleitorais.

Dez anos depois de sua fundação, o PSDB já estava presente em todo o território nacional. Tem mais de um milhão de filiados e acumulou vitórias sucessivas em todas as eleições realizadas desde então. Nas duas últimas eleições - 1996 e 1998 -, a despeito do suposto desgaste de ser governo e implementar um programa de reformas que envolvia cortes de despesas e revisão de direitos insustentáveis, o Partido dobrou o número de prefeitos, triplicou o de vereadores, cresceu nas Assembléias Legislativas, elegeu 7 governadores, 16 senadores e 99 deputados federais, além de reeleger o presidente Fernando Henrique Cardoso [veja a biografia e foto oficiais no site da Presidência da República - http://www.planalto.gov.br/homepre/fhc já no primeiro turno, com 35,8 milhões de votos. Foi o partido mais votado para os governos estaduais em 1998 (considerando-se os dois turnos), com 29,3 milhões de votos e elegeu o maior número de governadores.

A trajetória eleitoral do PSDB é uma "história de sucesso", mas não pode ser confundida com outros "cases" de marketing político em que as vitórias, decorrentes da demagogia ou do abuso dos poderes econômico e político, se revelaram efêmeras e frustrantes para o eleitorado. Pelo contrário, os resultados eleitorais positivos têm razões concretas e comprováveis: o ponto de partida é o compromisso com a democracia e o projeto de país, expressos no programa e em outros documentos do Partido (para ler os documentos do partido e textos sobre o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso consulte o site do partido: index.asp/Partido/Partido). A segunda grande fonte de prestígio dos tucanos pode ser encontrada na prática de seus membros nos Legislativos e Executivos de todo o País, dos mais modestos municípios à Presidência da República e ao Congresso Nacional. Esse compromisso com o Brasil tem o nome de Partido da Social Democracia Brasileira desde 1988. Mas já existia antes disso.

Antecedentes
O PSDB tem uma longa "pré-história". Como partido, surgiu durante os trabalhos da Assembléia Nacional Constituinte. No entanto, pode-se encontrar os nomes de seus fundadores, lutando pelos mesmos ideais de hoje, nos momentos mais dramáticos da vida nacional há várias décadas. Por defenderem os princípios democráticos e o desenvolvimento com justiça social, muitos dos fundadores e atuais líderes tucanos passaram por prisões, exílios e tiveram seus mandatos cassados.

Quase todos os fundadores do Partido integraram o chamado "PMDB histórico" antes de 1988. E não é por acaso que formavam a linha de frente da campanha pelo restabelecimento das eleições diretas para presidente da República, como ocorreu no grande comício da Praça da Sé, em São Paulo, quando os futuros tucanos foram liderados pelo então governador paulista e posteriormente Presidente de Honra do Partido Franco Montoro.

As lideranças que fundaram o PSDB sempre defenderam a necessidade de que o País contasse com um sistema partidário pluralista mais sólido, com agremiações organizadas em torno de projetos políticos. Por algum tempo acreditaram que seria possível fazer com que o PMDB evoluísse de sua condição de frente de oposição ao autoritarismo para a de autêntico partido. Na sua avaliação, o tempo da resistência à ditadura havia passado. Era chegado o momento de construir uma democracia moderna e estável. Para isso, era preciso fortalecer e atualizar a ação política em torno dos princípios que já se encontravam estabelecidos no programa peemedebista, rejeitar as adesões oportunistas e não mais tolerar que membros do partido agissem de forma contrária à ética e aos postulados partidários.

Em 1986, a decisão do governo Sarney de manter o Plano Cruzado de combate à inflação sem que se fizessem ajustes, necessários mas impopulares no curto prazo, deu ao PMDB uma vitória arrasadora nas eleições legislativas e para governador - apenas um governador (o de Sergipe) não foi eleito pelo partido. Isso fez com que o partido "inchasse" com muitos políticos que pouco tinham em comum com o grupo histórico. O fato foi percebido pela população, contribuindo para desacreditar os eleitos identificados com o governo. Foi nessa época que algumas das lideranças do grupo começaram a avaliar a possibilidade de criar um novo partido.

A fundação de um partido político sério não é resultado dos impulsos de indivíduos contrariados em seus propósitos. Os "históricos" sabiam disso. Era preciso esgotar todas as possibilidades de soluções menos traumáticas e amadurecer a idéia. Além disso, havia a Assembléia Nacional Constituinte, cujos trabalhos começariam em fevereiro de 1987. Permanecer no PMDB significava, para os "históricos", influenciar decisivamente no rumo dos trabalhos e no teor da futura Constituição - o que não ocorreria se reduzidos a um pequeno partido, ainda que composto por pessoas idôneas e capazes.

Os constituintes que hoje integram o PSDB e vários parlamentares que chegaram a participar das discussões sobre o novo partido mas acabaram não abandonando a antiga legenda por motivos regionais (caso de grande parte da bancada gaúcha, por exemplo), ocuparam cargos importantes na Constituinte. Respeitados por seu preparo e por sua integridade - como o presidente da "Comissão de Notáveis" que elaborou o anteprojeto da Carta, senador Afonso Arinos de Melo Franco - deram uma contribuição decisiva para que a Constituição tivesse muitos dos méritos que possui, embora não fossem suficientemente numerosos para evitar que ela incluísse dispositivos cujo teor - é hoje evidente - deveriam ter outra redação, tal como vem sendo proposto por meio de emendas apresentadas pelo governo Fernando Henrique Cardoso e por sua base parlamentar, tucanos à frente.

A preocupação com o estabelecimento de uma democracia moderna e estável levava a maioria dos futuros tucanos a defender a adoção do regime parlamentarista e o mandato de quatro anos para o presidente da República. A proposta, contudo, foi derrotada (a decisão foi transferida para um plebiscito marcado para cinco anos após a promulgação da Carta) num processo ao longo do qual o presidente José Sarney, conforme denúncias da oposição, recorreu à máquina pública para seduzir os parlamentares sem posição definida quanto ao mandato presidencial de cinco anos. A insatisfação aumentou durante o ano de 1987 fazendo com que os parlamentares mais desgostosos criassem o Movimento de Unidade Progressista (MUP), cujos membros mais tarde se uniriam ao PSDB.

A decisão de formar um novo partido vinha amadurecendo desde o final de 1987. "A tendência mais forte é para deixar mesmo o PMDB com outros colegas, partindo para a formação de um novo partido, de cunho socialista democrático", confirmou à imprensa, em 16 de março de 1988, o então líder peemedebista no Senado, Fernando Henrique Cardoso. A grande dúvida era quanto ao momento para fazê-lo. Parte do grupo considerava que o novo partido devia ser fundado imediatamente a fim de permitir que o grupo atuasse com maior desenvoltura e se preparasse para as eleições marcadas para aquele mesmo ano. Outros, como Fernando Henrique Cardoso, Franco Montoro, José Richa, José Serra e Euclides Scalco defendiam a permanência no PMDB até a promulgação da nova Constituição. O ato chegou a ter hora marcada: 72 horas após a promulgação, como ficou decidido em reunião realizada na casa do deputado Pimenta da Veiga, em 05 de maio.

Em 18 de maio, a Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que regulamentava as eleições municipais de 1988. A nova Lei Eleitoral, que permitia a participação de candidatos de novos partidos desde que estes contassem com representantes de pelo menos cinco Estados no Congresso, e o aumento da tensão política anteciparam a criação do PSDB. "Até o final de junho o novo partido deverá estar fundado", previu Pimenta da Veiga, em 19 de maio.

O programa e o estatuto do novo partido, cuja minuta fora elaborada por Fernando Henrique Cardoso e José Serra com o auxílio de economistas que viriam a ocupar cargos importantes no Governo Federal, foram discutidos por 40 parlamentares reunidos em Brasília, em 03 de junho. Aproximava-se o grande dia.

Nasce o novo Partido
"Longe das benesses oficiais, mas perto do pulsar das ruas, nasce o novo partido". Esta afirmação de repúdio ao clientelismo e de compromisso com os interesses populares serviu de epígrafe para o Manifesto do Partido da Social Democracia Brasileira (nome escolhido pela maioria dos presentes, derrotando a opção Partido Democrático Popular), aprovado juntamente com o Estatuto e o Programa do Partido, nos atos de fundação realizados nos dias 24 e 25 de junho de 1988, em Brasília. O evento teve a participação de 1178 pessoas, entre as quais o ex-governador Franco Montoro; o senador Mário Covas, ex-líder da maioria na Assembléia Constituinte; o senador Fernando Henrique Cardoso, e o senador José Richa. Subscrito por 40 deputados e 8 senadores, o Manifesto convocava o povo brasileiro a prosseguir na luta por mudanças sociais e políticas e definia os princípios e objetivos do PSDB.

Fundadores do PSDB
(conforme ata da reunião realizada em 24 e 25 de junho de 1988)

André Franco Montoro - SP
Célio de Castro - MG
João Gaspar Rosa - SC
Pompeu de Sousa - DF
Ricardo Furlan Rodrigues - SP
Luiz Eduardo Caminha - SC
José Freitas Nobre - SP
Luiz Carlos Bresser Pereira - SP
Neylor José Toscan - PR
Fabio Feldmann - SP
Guiomar Namo de Mello - SP
Renildo Soares Vilar - MG
Francisco das Chagas Rodrigues - PI
Paulo de Tarso Tavares Silva - PI
Claudio de Sena Martins - SP
Antonio Perosa - SP
Sérgio Longman - PE
José Cruz Macedo - DF
Geraldo Alckmin Filho - SP
Luiz Benedicto Máximo - SP
Ester Monteiro da Silva - RJ
Dirce Tutu Quadros - SP
Antonio Rubens Costa de Lara - SP
Gilda Figueiredo Portugal Gouvêa - SP
Saulo Queiroz - MS
Vanderlei Macris - SP
Ruth Corrêa Leite Cardoso - SP
Ziza Valadares - MG
Waldir Alceu Trigo - SP
Camillo Calazans de Magalhães - DF
Nelton Friedrich - RS
Afonso Arinos de Melo Franco - RJ
José Lucena Dantas - DF
Robson Marinho - SP
Antonio Carlos Tonca Falseti - SP
Therezinha Marcolin Scalco - PR
Rose de Freitas - ES
José Ignacio Ferreira - ES
José Carlos Grecco - SP
Koyu Iha - SP
Carlos Cotta - MG
Cássio Gonçalves - MG
Artur da Távola - RJ
Sílvio Abreu - MG
Paulo Lacerda - DF
Deni Lineu Schwartz - PR
Fernando Leça - SP
Vera Lucia Barreto Moreira - DF
Euclides Girolamo Scalco - PR
Mauro Campos - MG
Vicente Joaquim Bogo - RS
Vasco Alves - ES
Caio Pompeu de Toledo - SP
Hermes Zaneti - RS
Moema São Thiago - CE
João Bastos Soares - SP
Maria da Glória da Veiga Moura - DF
José Guedes - RO
José Oliveira Costa - AL
Virgildásio de Senna - BA
Maria de Lourdes Abadia - DF
Jayme Santana - MA
Joaquim dos Santos Andrade - SP
Carlos Mosconi - MG
Anna Maria Rattes - RJ
Volnei Garrafa - DF
Octávio Elísio Alves de Brito - MG
Sérgio Roberto Vieira da Motta - SP
Eduardo Jorge Caldas Pereira - DF
José Richa - PR
José Roberto Magalhães Teixeira - SP
Maria Delith Balaban - DF
Cristina Tavares - PE
Eliézer Rizzo de Oliveira - SP
Sergio de Otero Ribeiro - DF
Pimenta da Veiga - MG
Amarilio Proença de Macêdo - CE
Francisco Mariano da Rocha de Souza Lima - DF
Fernando Henrique Cardoso SP
Clovis de Barros Carvalho - SP
Valter Rodrigues Veloso - DF
Mário Covas Júnior - SP
José Maria Guimarães Monteiro - SP
José Aristides de Moraes Filho - DF
Luiz Carlos Sigmaringa Seixas - DF
José Paulo Bisol - RS
Odaisa Fernandes Ferreira - RO
João Gilberto Lucas Coelho - RS
José Edgard Amorim Pereira - MG
Ecléa Terezinha Fernandes - RS
José Serra - SP
Raymundo Theodoro Carvalho de Oliveira - RJ
Geraldo Campos - DF
José Afonso da Silva - SP
Heloneida Studart Soares - RJ
Tomaz Gilian Deluca Wonghon - RS
Francisco de Assis Küster - SC
Maria Laura de Souza Carneiro - RJ
José Duval Guedes Freitas - RJ
Ronaldo Cezar Coelho - RJ
José Roberto Bassul Campos - DF
Maria Silvia Elias Lauandos - SP
Beth Azize - AM
Juarez Marques Batista - MS
Tercília Maria M. Xavier - RS
Vilson Luiz de Souza - SC
Leonardo Nunes da Cunha - MS
Renan Calheiros - AL
Carlos Heitor Pioli - MG

Como parte dos atos de fundação do Partido foi constituída a Comissão Diretora Nacional Provisória integrada por 11 membros, que decidiu adotar um sistema de rodízio para a presidência do partido (veja a composição das Comissões Executivas Nacional do PSDB desde sua fundação no site do Partido - index.asp/Partido/Partido). Como primeiro tucano a ocupar o cargo foi escolhido o senador Mário Covas, que seria seguido pelo senador José Richa, pelo senador Fernando Henrique Cardoso e pelo ex-governador Franco Montoro. Para o posto de primeiro secretário-geral foi escolhido o Dep. Euclides Scalco e para o de tesoureiro o deputado federal Jayme Santana. Na mesma ocasião foi aprovada a constituição de Comissões Diretoras Regionais Provisórias em São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerias, Rondônia, Pernambuco, Paraíba e no Distrito Federal.

A primeira eleição
Criado o Partido, era preciso organizá-lo rapidamente a fim de atender às expectativas criadas junto à população e à legislação eleitoral para que o PSDB pudesse participar das eleições municipais de 1988.

Foi assim que, menos de seis meses após a sua fundação e ainda com registro provisório, o PSDB apresentou candidatos próprios em 15 de novembro de 1988, conseguindo vitórias importantes como a eleição do atual ministro das Comunicações, Pimenta da Veiga, para a prefeitura de Belo Horizonte e tucanos em outros 6 municípios mineiros. Em todo o Brasil, o Partido elegeu 18 prefeitos: 7 em Minas Gerais; 5 em São Paulo; 3 no Espírito Santo; 1 em Mato Grosso do Sul; 1 em Pernambuco e 1 no Rio Grande do Sul. Nos mesmos estados foram eleitos 214 vereadores do PSDB.

O resultado das eleições de 1988 mostrou que o PSDB estava na política brasileira para valer... e para vencer. Mas os maiores desafios em termos eleitorais estavam por vir. Em 1989 haveria a primeira eleição presidencial pelo voto direto desde a sucessão de Juscelino Kubitschek e a crise econômica que marcou o final do governo Sarney induzia a uma perigosa polarização política, com grandes possibilidades de que a demagogia seduzisse um eleitorado decepcionado com a "Nova República" que sucedera ao regime militar. O perfil de alguns pré-candidatos apontava nesse sentido.

Os preparativos do PSDB para os desafios de 1989 começaram nos dias 31 de março e 1 de abril daquele ano, quando o Partido realizou o I Congresso Nacional, e prosseguiram em maio, com a sua primeira Convenção Nacional. Desmentindo as interpretações no sentido de que se tratava de um "partido de país rico" e que só teria viabilidade eleitoral no Centro-Sul, o PSDB recebeu a adesão, durante a Convenção, de lideranças políticas de várias partes do País, entre as quais as do governador do Ceará, Tasso Jereissati e de mais de cem prefeitos do Estado, entre os quais o de Fortaleza, Ciro Gomes.

As eleições presidenciais
O senador paulista Mário Covas, foi o candidato do PSDB a Presidente da República nas eleições de 1989. Amparado por sua respeitabilidade, adquirida ao longo de décadas de vida pública, ele personificou as bandeiras de transparência e profundas reformas para o País adotadas pelo Partido. Não por acaso, anos mais tarde, ao tratar de realizar essas reformas, o presidente tucano Fernando Henrique Cardoso responderia àqueles que o acusavam de copiar as propostas de Fernando Collor (que seria o vencedor em 1989), afirmando que tais reformas eram essencialmente as mesmas defendidas por Covas quando se despediu do Senado para concorrer à Presidência com um discurso no qual pregava "um choque de capitalismo" como solução para os problemas nacionais.

Covas obteve 7. 790.392 votos no primeiro turno, o que significava 11,52% dos votos válidos. Essa votação correspondeu ao quarto lugar numa eleição que teve 22 candidatos, sendo que o segundo colocado, na época, Luiz Inácio "Lula" da Silva, (PT), obteve pouco mais de 11 milhões. A disputa no segundo turno ficou entre os candidatos, Fernando Collor de Mello, (PRN), e Luiz Inácio "Lula" da Silva, este pela coligação Frente Brasil, que se formou em torno do PT.

Ao contrário de partidos e lideranças que negociaram seu apoio a algum dos candidatos que disputariam o segundo turno de forma pouco transparente, o PSDB definiu sua posição por meio de uma ampla consulta interna que envolveu todas as instâncias partidárias, da Executiva ao Diretório Nacional, e resultou na rejeição do apoio a Fernando Collor por entender que representava uma política que contrariava os princípios e propostas social-democratas. Ao anunciar o apoio a Luiz Inácio "Lula" da Silva, o Partido reafirmou as diferenças existentes entre seu programa e o da Frente Brasil, mencionando, entre outras divergências, o sectarismo petista, expresso pelos vetos feitos pela Frente Brasil a nomes do PSDB.

Fernando Collor assumiu a Presidência da República em 15 de março de 1990 com uma inflação que saltara de 70% ao mês em fevereiro, para mais de 80% na primeira quinzena de março. Contrariando seu discurso de campanha, confiscou os depósitos e aplicações financeiros como parte de um plano de estabilização que incluía ainda o congelamento de preços e salários e ficaria conhecido como Plano Collor. Mesmo adotando uma postura imperial e de seu desprezo ostensivo pelas instituições políticas, Collor não conseguiu estabilizar a economia e apenas iniciou as reformas estruturais que prometera.

Diante das dificuldades crescentes que enfrentava, ainda em 1990, Collor tentou atrair o PSDB para o governo. Fiéis ao princípio se de manter longe das "benesses do poder" quando este poder não significasse a aplicação do programa partidário, os tucanos recusaram a oferta, voltando a fazê-lo diante de uma segunda tentativa, pouco antes do impeachment, em 1992.

Em 1990 houve eleições para governadores, e legislativas (1/3 do Senado, Câmara dos Deputados e Assembléias Legislativas). Foi a primeira disputa nesses níveis da qual participou o PSDB. O resultado foi um notável crescimento da legenda. Na Câmara dos Deputados, o partido elegeu uma bancada de 38 deputados federais (8 do Ceará, 6 de Minas Gerais, 8 de São Paulo e outros 9 de outras unidades da Federação. No Senado, a bancada aumentou para 9 com a eleição de Beni Veras, do Ceará. Nas disputas estaduais, o PSDB elegeu o governador do Ceará, Ciro Gomes, e o vice-governador do Rio Grande do Sul, João Gilberto Lucas Coelho, além de 67 deputados estaduais (contra os 30 que possuía anteriormente), em 19 estados.

A segunda Convenção Nacional do PSDB se realizou em 1º de setembro de 1991, na seqüência das convenções municipais (16/06) e Regionais (04/08), resultando na escolha da Executiva Nacional que dirigiria o Partido até 1993 sob a presidência de Tasso Jereissati. Pouco depois, em 25 de outubro, o Partido promoveu seu I Encontro Nacional de Dirigentes Estaduais, que teve por objetivo discutir a situação do País e a estratégia para as eleições municipais de 1992.

A rejeição do adesismo nunca impediu o PSDB de ampliar seus quadros e bancadas. Assim, um levantamento feito durante o Encontro de Dirigentes Estaduais de outubro de 1991 indicou que o Partido contava com 134 Prefeitos (em comparação com os apenas 18 eleitos pela legenda em 88), 25 Vice-Prefeitos e 1.994 Vereadores (dos quais apenas 214 eleitos pela legenda em 88). Havia 65 Deputados Estaduais tucanos e, no plano federal, a bancada era de 9 Senadores e 41 Deputados. A essa altura, o Partido estava organizado em 2.026 dos 4.539 Municípios brasileiros, possuindo 1.432 Diretórios constituídos e 594 Comissões Provisórias designadas. Com menos de dois anos de existência, o PSDB conseguira estabelecer Diretórios Regionais em 22 Estados e Comissões Regionais Provisórias nos 5 restantes.

Impeachment e governabilidade
A situação nacional seguia delicada em 1992. A inflação voltara e cresciam as evidências de que a corrupção envolvia os mais próximos colaboradores do Presidente da República, como denunciara seu irmão, Pedro Collor, em abril daquele ano. Em 29 de setembro, a Câmara de Deputados aceitou o pedido de abertura de processo de impeachment contra Collor que, em conseqüência, foi afastado do cargo, assumido interinamente pelo vice-presidente, Itamar Franco. A interinidade durou 88 dias e terminou com o afastamento definitivo de Collor, que teve seus direitos políticos cassados por oito anos, em 29 de dezembro.

Em meio às turbulências do processo de impeachment, o Brasil realizou eleições municipais que surpreenderam o mundo pelo clima de tranqüilidade. O pleito foi, também, um marco na história do PSDB, que elegeu 293 Prefeitos, 297 Vice-Prefeitos e 3.274 Vereadores. Estes números, comparados aos da eleição de 1988, representavam um crescimento de aproximadamente 1.500%.

Ao assumir efetivamente o cargo de Presidente da República em virtude do impeachment de Collor, Itamar Franco formou um Ministério partidariamente amplo, do qual o PSDB, preocupado com a preservação das instituições democráticas, participou com alguns de seus líderes mais qualificados. Paradoxalmente, o fato de que o País tivesse superado sem maiores incidentes uma crise institucional tão grave quanto o afastamento do primeiro presidente eleito em 30 anos renovou na população a confiança no Presidencialismo. Esta foi uma das razões pelas quais uma das mais caras propostas do PSDB - a implantação do Parlamentarismo - fosse derrotada no plebiscito previsto pela Constituição sobre a forma e o sistema de governo. A votação ocorreu em abril de 1993. Quase um terço dos eleitores não compareceram às seções eleitorais ou anularam o voto. Dos demais, 66% optaram pela República e 10% pela Monarquia. O Presidencialismo teve cerca de 55% dos votos, contra 25% do Parlamentarismo.

Plano Real
A derrota no plebiscito não abateu os tucanos, que assumiram crescentes responsabilidades no governo Itamar Franco, em particular na área econômica, onde o insucesso nas tentativas de estabilizar a moeda fazia com que os ministros da Fazenda se sucedessem no cargo. Essa situação perdurou até junho de 1993, quando o Presidente da República entregou a pasta ao tucano Fernando Henrique Cardoso, então no Ministério das Relações Exteriores. Ao invés de tentar mais um "pacote econômico" com resultados espetaculares no curto prazo, mas desastrosos após alguns meses, o ministro e sua equipe adotaram medidas que resultaram num plano de estabilização que só seria efetivado, sob condições adequadas e sem congelamentos, em 1º de julho de 1994 - o Plano Real.

O Plano Real, que segundo alguns economistas foi a 12ª tentativa de estabilização da moeda brasileira desde o final da década de 1970, foi o único a conseguir conter a inflação de forma duradoura. Isso permitiu que o presidente Itamar Franco concluísse seu mandato com elevados índices de popularidade, ao mesmo tempo que o levou a apoiar a candidatura do tucano Fernando Henrique Cardoso à sua sucessão nas eleições de outubro de 1994.

Um tucano no Planalto
As eleições presidenciais, legislativas e para governadores em 1994 representam a maioridade eleitoral do PSDB. Sob a liderança da candidatura presidencial de Fernando Henrique Cardoso, que venceu a disputa ainda no primeiro turno, os tucanos conquistaram os governos de seis estados, inclusive São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, elegeram 11 senadores, 63 deputados federais e 97 deputados estaduais.

O sucesso do Plano Real indiscutivelmente contribuiu para a vitória mas, ao contrário do que ocorrera em 1986 com o PMDB, não havia uma bomba de efeito retardado armada para o dia seguinte à abertura das urnas. Pelo contrário, medidas duras ou tidas como impopulares, como a contenção dos gastos públicos, a privatização das estatais e o aumento das taxas de juros, haviam sido tomadas ou anunciadas com antecedência. O eleitorado fez sua opção com base no que os candidatos haviam feito e se propunham a fazer, sem truques ou surpresas.

No plano político, o PSDB sempre entendeu que as alianças e acordos partidários são legítimos quando realizados em torno de propostas específicas e estabelecidos de forma transparente. Foi assim que o Partido, considerando que seu programa de reformas só seria vitorioso nas urnas se contasse com um respaldo mais amplo, aliou-se ao Partido da Frente Liberal para disputar a Presidência em 1994, tendo o senador Marco Maciel por candidato a Vice.

A inflação fora contida. Mas a estabilidade e sobretudo o desenvolvimento exigiam reformas profundas. Isso era reconhecido mesmo pelos setores mais lúcidos da oposição de esquerda. Empreendê-las exigia de capacidade técnica, iniciativa política e uma sólida maioria parlamentar - já que muitas das ações dependiam da aprovação de emendas parlamentares. Para realizar essa guinada num País que já amargara uma "década perdida" nos anos 80, o presidente Fernando Henrique Cardoso montou um governo eclético de especialistas e políticos do PSDB e dos partidos aliados. Tratou, também, de ampliar a base parlamentar, com a adesão de outros partidos, a fim de viabilizar a tramitação no Congresso Nacional do projeto reformista.

Em meio ao mandato presidencial iniciado em 1994, quando a estabilização econômica começava a mostrar seus frutos, mas as propostas de reforma ainda enfrentavam grandes resistências, o País voltou às urnas para a terceira eleição municipal desde a promulgação da Constituição de 1988. As eleições para prefeitos e vereadores de 1996 eram, também, o terceiro teste eleitoral do PSDB e foram vistas por muitos - no governo e na oposição - como um plebiscito indireto em relação ao desempenho do governo FHC. E o resultado foi mais uma grande vitória. O Partido obteve cerca de 8 milhões de votos, quase 20% do total e elegeu 918 prefeitos, num crescimento de 236%.

O resultado das eleições municipais de 1996 foi conseqüência do trabalho desenvolvido pelo Partido em todos os níveis. As boas administrações municipais tucanas fizeram seus sucessores em 39% dos casos. Ao mesmo tempo, começavam a surgir os efeitos mais duradouros das ações empreendidas pelo governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso. Além de estabilizar a moeda com aumento do salário real dos trabalhadores, o governo federal desenvolvia programas sociais que resultavam em melhores condições de vida para a população, como reconheceram os mais respeitados organismos internacionais. A queda da mortalidade infantil e do analfabetismo, vergonhas nacionais desde sempre, são alguns desses sucessos.

O inesquecível Menestrel
Inspirando a atuação partidária e emprestando seu nome à entidade formadora de quadros do PSDB estava o mais querido político brasileiro das últimas décadas: Teotônio Vilela, o "menestrel das Alagoas", imortalizado por Milton Nascimento. O velho senador, que teve a coragem de romper com o Brasil arcaico a partir de suas próprias raízes e pregar um Brasil novo, ainda ao tempo do regime militar, agiu como o lendário herói espanhol "El Cid" e, mesmo na morte liderou seu povo numa batalha vitoriosa. Falecido em 27 de novembro de 1983, o "Guerreiro da Paz", como o chamou o jornalista e ex-deputado Márcio Moreira Alves, voltou a "militar" no PSDB em 12 de janeiro de 1996, quando o Partido fundou o Instituto Teotônio Vilela. Nessa época os tucanos alagoanos já tinham seu representante, Teotonio Vilela Filho, senador, membro da Executiva Nacional desde 1991 e presidente do Partido a partir de maio de 1996.

Dosando a articulação política com a força inerente às atribuições do Poder Executivo, ambos dentro dos limites da legalidade e da ética, o governo liderado pelo PSDB iniciou o processo de reformas do Estado e da Constituição que se prolongariam para além do ano 2000 (abolição do monopólio em setores como petróleo, telecomunicações, gás canalizado e navegação de cabotagem e privatização de grandes estatais, como Companhia Vale do Rio Doce e empresas de telecomunicações). Muito dos resultados obtidos deveu-se à incansável atividade de um dos responsáveis pelo crescimento do PSDB: o popular "trator" Sérgio Motta, que ocupou o Ministério das Comunicações num momento crítico, deixando o cargo apenas quando a morte o arrebatou ao convívio dos tucanos.

A reeleição
Em meio ao complexo andamento das reformas colocou-se a questão da possibilidade de reeleição para os cargos executivos, uma tendência internacional. A emenda constitucional que criava essa possibilidade foi longamente debatida pelo Congresso Nacional, que a aprovou em 04 de junho de 1997. A norma inovadora entrou em vigor já para as eleições de 1998 quando foram disputados os cargos de Presidente da República, governadores, além de senadores, deputados federais e estaduais.

Embora em plena campanha eleitoral o País tivesse sofrido as conseqüências de uma crise financeira internacional iniciada no Sudeste Asiático, obrigando o governo federal a cortar gastos e elevar as taxas de juros, Fernando Henrique Cardoso tornou-se o primeiro presidente brasileiro reeleito para um segundo mandato. E mais, a reeleição foi obtida sem que fosse necessária a realização de um segundo turno. Foi o que o cientista político David Fleisher chamou de "a consagração aos dez anos". Além da Presidência da República, eleito com 53,6% dos votos válidos, o PSDB elegeu 7 governadores e passou a contar com uma bancada de 16 senadores, 99 deputados federais e 152 deputados estaduais, mantendo sua trajetória ascendente estabelecida desde sua fundação.